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E da mão do anjo subiu diante de Deus
a fumaça do incenso com as


orações dos santos.
Ap. 8:4

...e taças de ouro cheias de incenso,

que são as orações dos santos.
Ap 5:8c

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Intercessão sem limites



`Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens´ (1 Tm 2.1).



Paulo nos declara que a primeira prioridade de uma assembléia cristã é a oração.



Ele menciona diversas formas de oração, uma das quais é a intercessão. Interceder significa literalmente “interpor-se, colocar-se entre”. O intercessor é aquele que se coloca entre Deus e os que merecem sua justa ira e castigo. O intercessor levanta suas mãos a Deus e diz:



`Deus, estas pessoas merecem seu juízo; tu tens todos direito de feri-las; mas se a ferires, terás de ferir a mim primeiro, pois coloquei-me entre ti e eles´. No Velho Testamento encontramos diversos relatos de cidades e nações que foram poupadas do juízo divino através do ministério de um intercessor.



Estudaremos alguns desses exemplos, mas primeiro consideremos o ministério de intercessão na vida do nosso Senhor Jesus Cristo.



INTERCESSÃO NO MINISTÉRIO DE JESUS



Intercessão era uma das grandes marcas do ministério de Jesus. O capítulo 53 de Isaías descreve sua obra expiatória e conclui com este versículo:



`Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.´



Há quatro fatos registrados neste versículo a respeito de Jesus. Primeiro, ele derramou a sua alma na morte. Levítico 17.11 diz que a alma de toda carne esta no sangue, portanto Jesus derramou sua alma na morte quando derramou seu sangue.



Segundo, ele foi contado com os transgressores; ele foi crucificado com os dois ladrões. Terceiro, levou sobre si o pecado de muitos; tornou-se a oferta pelo pecado por todos nós. Quarto, pelos transgressores intercedeu; isto ele fez na cruz quando disse:





`Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem´. Ele estava dizendo: `Que o juízo que eles merecem caia sobre mim´, E assim foi.



Hebreus 7 fala de Jesus depois da sua morte, ressurreição e ascensão. Somos informados que Jesus é nosso sumo sacerdote à destra de Deus. Por ter um sacerdócio imutável que nunca passará dele, Jesus `pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles´ (Hb 7:25).



Se fizermos um estudo da vida e ministério de Jesus, chegaremos a um contraste bem interessante: ele passou trinta anos na obscuridade, numa vida familiar perfeita; três anos e meio num dramático ministério público; e praticamente dois mil anos em intercessão, invisível aos olhos naturais.



Desde que subiu aos céus, ele está intercedendo por nós diante do Pai.



MODELOS DO VELHO TESTAMENTO: ABRAÃO



Os maiores santos eram freqüentemente os maiores intercessores, pois eram os homens mais próximos ao coração de Deus.



O Velho Testamento contém exemplos de alguns grandes intercessores. O primeiro exemplo é Abraão. Em Gênesis 18 vemos o Senhor com mais dois anjos chegando para visitar a tenda de Abraão. No final deste episódio o Senhor diz:



`Ocultarei a Abraão o que estou para fazer?´ Em outras palavras, o Senhor vê Abraão como o seu íntimo amigo pessoal com quem ele compartilhará seus planos e pensamentos. Por isto o Senhor conta para Abraão:



`Com efeito o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicados e o seu pecado se tem agravado muito. Descerei, e verei se de fato o que têm praticado corresponde a esse clamor eu é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei´ (Gn 18.20-21).



Abraão estava muito preocupado com Sodoma porque seu sobrinho, Ló, estava morando lá. Abraão sabia que se Sodoma fosse julgada, Ló e sua família sofreriam com os demais. A cena continua assim:



`então partiram dali aqueles homens (anjos), e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor (para impedi-lo).



`E aproximando-se ele, disse: Destruíras o justo com o ímpio? Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim, e não pouparás o lugar por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal cousa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? (vv. 23-25).



Abraão tinha que ter muita coragem para falar com o Senhor desta maneira. Porém, ele sabia que seria uma contradição total do caráter de Deus, e da sua justiça, permitir que juízo caísse sobre os justos.



Salmo 91.7,8 estabelece este princípio: `Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás o castigo dos ímpios´. Seja qual for o justo juízo que cair sobre os ímpios, os justos nunca serão tocados. O justo pode estar exatamente no meio de tal juízo, mas este não virá sobre ele.



Note, porém, que há uma diferença entre juízo e perseguição por causa da justiça. A Bíblia diz que os justos hão de experimentar perseguição. A diferença é que juízo por causa do pecado vem sobre os ímpios pela instrumentalidade de Deus; e perseguição por causa de justiça vem sobre os justos através dos ímpios.



Portanto com santa ousadia e intensa convicção que Deus tinha que ser absolutamente justo, Abraão se pôs a confrontar o Senhor com este princípio: `Senhor, se houver cinqüenta justos na cidade, pouparás a cidade?´ o Senhor respondeu a Abraão que pouparia a cidade se cinqüenta justos pudessem ser encontrados.



`E quarenta e cinco? Poupá-la-ás por quarenta e cinco justos?´ E o Senhor disse que a pouparia se quarenta e cinco pessoas justas pudessem ser encontradas nela. E assim foi a conversa... quarenta, trinta, vinte, até que Abraão chegasse finalmente à sua última reivindicação:



`Se, por ventura, houver somente dez pessoas justas em toda aquela cidade? Poupá-la-ás pelas dez?´ E o Senhor respondeu que a pouparia por dez pessoas justas.



Esta é uma tremenda revelação! Se os meus cálculos forem corretos, Sodoma era uma cidade grande para aquela época, com uma população não inferior a 10.000. Por amor a dez pessoas no meio de 10.000, Deus estava pronto para poupar a cidade inteira.



Isto é uma pessoa em cada mil! Jó 33.23 registra esta mesma proporção: `Se com ele, pois, houver um anjo, um intérprete, um entre mil, para declarar ao homem o que lhe é justo...´ Eclesiastes 7:28 semelhantemente afirma: `Cousa que a minha alma ainda busca, mas não a achei: um homem entre mil´.



Um entre mil! A Bíblia aparentemente usa esta expressão para identificar um homem extraordinariamente justo. Deus disse: `Se eu puder encontrar em Sodoma uma pessoa justa em cada mil, pouparei a cidade inteira´.



Por exemplo, se aplicássemos esta proporção aos Estados Unidos hoje, precisaríamos de aproximadamente 210.000 pessoa extraordinariamente justas para obter misericórdia em favor de toda a nação. Você qualificaria como uma dessas 210.000 pessoas? Eu qualificaria?



A INTERCESSÃO DE MOISÉS



Nosso segundo exemplo de intercessor é Moisés. Em Êxodo 32 vemo-lo subindo o Monte Sinai para receber a aliança de Deus. Depois de estar ausente muitos dias, o povo tornou-se impaciente e insistiu com Arão para fazer deuses que eles pudessem adorar.



Então Arão tomou as argolas de ouro e fez um bezerro fundido, em torno do qual Israel começou a dançar e adorar. Enquanto isto acontecia no arraial, Deus falou com Moisés no monte e disse:



`Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu, e depressa se desviou do caminho que lhes havia eu ordenado; fizeram para si um bezerro fundido, e o daram...´ (vv. 7,8).



Neste momento tenso quando o destino de Israel estava na balança, encontramos um elemento de humor na conversa que se seguiu entre Deus e Moisés. Referindo-se a Israel, Deus fala com Moisés que eles são `teu povo´.



Mas Moisés, não querendo aceitar esta responsabilidade, devolve-a a Deus dizendo: `teu povo´. Nem Deus nem Moisés queria ser considerado responsável por Israel naquele momento!



Enquanto isso, Israel continuava a dançar ao redor do bezerro, totalmente inconsciente que seu destino estava sendo selado por este diálogo entre Deus e Moisés. Deus declarou a Moisés:



`Agora, pois, deixa-me; para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma...´ (v.10). Note que Deus não faria coisa alguma se Moisés não lhe permitisse. Mas Moisés se recusou a sair de diante de Deus. Como intercessor, ele continuou se interpondo entre Deus e o povo.



Finalmente, Deus disse que usaria Moisés para redimir sua promessa a Abraão, Isaque e Jacó, começando tudo de novo com Moisés e formando dele uma grande nação. Apesar desse povo ter sido um fardo muito pesado para ele deste que saiu do Egito, Moisés intercedeu por eles:



`Porém Moisés suplicou ao Senhor seu Deus e disse: Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito... (`Não é meu povo´, Moisés está dizendo, `é teu.´) Por que hão de dizer os egípcios: com maus intentos os tirou, para matá-los nos montes, e para consumi-los da face da terra?



Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo´ (vv. 11,12). A preocupação de Moisés era a reputação de Deus. Ele disse: `Deus, se depois de tirar este povo para fora, eles vierem a perecer nos montes, os egípcios vão dizer que tiveste más intenções quando os tiraste do Egìto.´



Vemos a mesma preocupação com a reputação de Deus em Números 14.13-16. O povo provocou ao Senhor quando se recusou a crer no relatório positivo dos dois espias enviados para a terra prometida, escolhendo antes crer no relatório negativo dos outros dez.



Deus ficou tão irado com sua incredulidade que outra vez procurou destruí-los e fazer de Moisés uma grande nação.



Mas aqui Moisés lembra o Senhor que as nações que tinham ouvido a fama do Senhor iriam pensar que ele não era capaz de introduzir o povo na terra e por isto o matou no deserto.



A preocupação de Moisés em ambos os casos não era sobre sua reputação pessoal; sua única preocupação era a glória e reputação de Deus na terra. No final de Êxodo 32, encontramos a consumação da intercessão de Moisés.



Depois de voltar ao arraial e colocar as coisas em ordem, ele se dirige ao povo:



`Vós cometestes grande pecado; agora, porém, subirei ao Senhor e, porventura, farei propiciação pelo vosso pecado. Tornou Moisés ao Senhor, e disse: Ora o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste´ (vv. 30-32). Isto é intercessão: `Deus, eles merecem teu golpe; perdoa-lhes. Mas se não, Senhor, então que o juízo deles venha sobre mim.´ O intercessor é a pessoa que se coloca entre Deus e o alvo da sua ira justa.



O Salmo 106 nos fornece um comentário divino e a respeito deste acontecimento:



`Em Horebe fizeram um bezerro, e adoraram o ídolo fundido. E assim trocaram a glória de Deus pelo simulacro de um novilho que come erva. Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera cousas portentosas, maravilhas na terra de Cão, tremendos feitos no Mar Vermelho. Tê-los-ia exterminado, como dissera o Senhor, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto; impedindo que sua cólera os destruísse´ (vv. 19-23).



Moisés ficou na brecha causada pelo pecado do povo de Deus e disse: `Senhor, estou tapando a brecha. Teu golpe não pode cair sobre eles sem cair sobre mim primeiro´. Números 16 registra outro exemplo de intercessão.



Aqui Moisés e Arão juntos são os intercessores. Deus havia tratado soberanamente com a rebelião de Coré, Datã e Abirão, fazendo a terra se abrir e tragá-los vivos.



Mas no dia seguinte `toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do Senhor. Ajuntando o povo contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a Glória do Senhor apareceu. Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação. Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento: então se prostraram sobre os seus rostos´ (vv. 41-45).



Esta é a posição do intercessor – prostrado sobre o seu rosto diante de Deus, sabendo que juízo está prestes a cair. Pessoalmente, admiro a graça que Moisés e Arão tinham. O povo havia se revoltado contra eles sem motivo.



Contudo, dispuseram-se a interceder por estes que os criticavam – até mesmo arriscando suas próprias vidas por eles. Moisés falou com Arão e ordenou-lhe:



`Toma o teu incensário, põe nele fogo do altar, deita incenso sobre ele, vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga. Tomou-o Arão, como Moisés lhe falara, correu ao meio da congregação (eis que já a praga havia começado entre o povo) e deitou incenso nele, e fez expiação pelo povo. Pôs-se em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.´ (vv. 46-48).



A linguagem nesta passagem enfatiza a urgência da intercessão. Moisés disse a Arão: `Vai depressa...´ Arão não saiu andando, ele `correu´. Cada momento de demora custaria mais vidas.



A palavra `praga´ sugere algo altamente contagioso, e para fazer expiação Arão teve de se expor deliberadamente a esse contágio. Ele pôs sua própria vida a risco. Enquanto ficou ali movendo seu incensário, a fumaça subia numa coluna branca que dividia os vivos dos mortos.



Onde aquela fumaça branca subia do incensário, a praga parava. Isto é intercessão: colocar-se – a risco da própria vida – entre os mortos e aqueles que estão prestes a morrer, e depois oferecer oração e súplicas fervorosas, como a fumaça branca do incensário, até que a praga cesse.



´ FALTA DE INTERCESSORES



Ezequiel 22.23-31 registra uma cena diferente. É semelhante às duas que acabamos de estudar no sentido de descrever os pecados do povo de Deus, mas é diferente porque nenhum intercessor foi encontrado para se interpor entre o pecado do povo e o juízo de Deus.



Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize-lhe (à terra de Israel): Tu és terra que não está purificada, e que não tem chuva no dia da indignação.



Conspiração dos seus profetas há no meio dela... Os seus sacerdotes transgridem a minha lei... Os seus príncipes no meio dela são como lobos... Contra o povo da terra praticam extorsão, andam roubando, fazem violência ao aflito e necessitado...busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.



Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação... Todas as classes da população tinham falhado inteiramente – profetas, sacerdotes, príncipes, povo. Cada uma representa um determinado elemento da sociedade. Os `profetas´ são os responsáveis para trazer uma mensagem direta de Deus. Os `sacerdotes´ são os líderes da religião institucional.



Os `príncipes´ são os governantes seculares. O `povo´ é o restante da população, o povo comum. A ordem de listagem destes quatro elementos é importante. O processo de decadência começou com a liderança espiritual; depois o governo secular se corrompeu; finalmente toda a nação foi atingida.



Apesar de todas as classes da sociedade terem se corrompido desta forma, a situação ainda não era desesperadora. Deus procurava um homem, um intercessor, para tapar o muro e colocar-se na brecha para que ele pudesse poupar a nação inteira.



Mas porque ele não encontrou nenhum, derramou sobre ela sua indignação e a consumiu no fogo da sua ira. Um homem – um intercessor – poderia ter poupado uma nação inteira do juízo!



Isaías 59 apresenta um dos mais temíveis quadros de fracasso e apostasia nas Escrituras. No entanto o povo a que este capítulo se refere é um povo essencialmente religioso. Eis a sua confissão:



`Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós, porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades; como o prevaricar, o mentir contra o Senhor, o retirarmo-nos do nosso Deus, o pregar opressão e rebeldia, o conceber e proferir do coração palavras de falsidade.



Pelo que o direito se retirou e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas praças e a retidão não pode entrar. Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso, e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum, e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor´ (vv. 12-16).



`Não havia um intercessor.´ Até o próprio Deus se admirou disso! Era a derradeira evidência condenatória da incredulidade e indiferença egoística que havia nos corações do seu povo.



QUALIFICAÇÕES DO INTERCESSOR



Concluindo, eu gostaria de dar quatro qualificações que vejo em todo verdadeiro intercessor. Primeiro, um intercessor, como Abraão, precisa ter uma convicção absoluta da justiça de Deus:



Primeiro, que Deus nunca trará sobre os justos o juízo que somente os ímpios merecem. Ao mesmo tempo, ele precisa ter uma visão cristalina da justiça absoluta e da inevitabilidade do juízo de Deus sobre os ímpios.



Segundo, ele precisa ter uma profunda preocupação com a glória de Deus, como Moisés que recusou duas vezes a oferta de Deus de fazer dele o originador do maior povo na terra. A glória de Deus lhe era mais importante do que sua reputação pessoal.



Terceiro, um intercessor precisa ter um relacionamento íntimo com Deus. Ele deve ser alguém que possa estar diante de Deus e falar com franqueza total, porém com reverência.



Quarto, um intercessor precisa demonstrar grande coragem pessoal. Ele deve estar preparado para arriscar sua própria vida, como Arão que desprezou o contágio da praga a fim de tomar sua posição entre os mortos e os vivos.



Não existe um chamamento mais alto que o intercessor. Quando você se torna um intercessor, terá chegado ao trono. Você não será visto pelos homens, porque esta é uma posição invisível a eles, atrás do segundo véu; mas no reino de Deus sua vida terá valor no tempo e na eternidade.



O Brasil ainda não tem experimentado um avivamento autêntico, com uma soberana visitação do Espírito de Deus, tal como tem ocorrido em muitos outros países no passado e mesmo em tempos mais recentes.



Nossa pátria precisa ver Jesus vivo no meio das igrejas! (Ap 1:12-20). Enquanto as nuvens escuras do juízo divino se ajuntam, enquanto a dissolução moral, social, econômica, e política vai aumentando, o Brasil precisa de uma coisa acima de tudo; Intercessores!
Derek Prince

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A oração move a mão de Deus?




Quando Jesus ensina como orar em Mateus 6, seu objetivo não era ensinar uma oração poderosa, ou uma oração que move a mão de Deus.



Vejo que em muitos lugares as pessoas dizem isso. Acham que determinada pessoa tem a oração poderosa,  outros acham que tem crédito no céu e se colocam como parceiros de Deus. Porém estes homens não tem poder algum.


Quando vêm as tribulações, todos percebemos que não temos poder algum e o que nos resta é suplicar o favor de Deus. Somente Ele tem a visão do todo e sabe o que irá acontecer. Somente Ele pode intervir conforme a Sua soberana vontade.


O objetivo de Jesus ao ensinar a orar no secreto, a orar o Pai Nosso e dizendo para que batessem, buscassem e pedissem, não era para que nós usássemos a oração para nosso prazer e sim para que através da oração estivéssemos em sintonia com o Pai e buscássemos a Sua Soberana vontade.


Tiago diz que o povo pedia e não recebia porque pedia mal, para esbanjarem nos próprios prazeres.


A oração não move a mão de Deus, mas move o coração do homem a buscar a vontade de Deus. Quando aprendemos a orar, aprendemos a buscar a vontade de Deus.


Se suas orações não giram em torno de: Seja Feita a Tua Vontade!! Você tem orado de forma errada. Ninguém decreta nada para Deus, ninguém ordena nada.


Diante do Pai, nossa posição deve ser de confiança nEle, de que Ele fará o melhor. Crendo que Ele sabe o que é o melhor, nós não.


No dia que você começar a conhecer quem Deus é, você começará a orar e ver Deus responder suas orações, por você estar orando aquilo que Ele deseja fazer.


O melhor que você pode fazer é começar a andar com Deus e buscar aquilo que Ele deseja realizar.
Daniel Simoncelos

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PORQUE ÀS VEZES A NOSSA ORAÇÃO NÃO É OUVIDA?


             Na carta do Aposto Paulo aos Filipenses capítulo 4 versículo 6 a palavra do Senhor Diz: Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graça.
                Mas às vezes, temos a sensação que as nossas orações não são ouvidas, não há resposta, as mudanças não ocorrem, Deus tudo ouve, mas qual o motivo do silêncio que aperta o coração, há algo errado?
            O Senhor Deus alerta sobre a necessidade do compromisso, para que as nossas petições subam diante do seu Trono de Glórias, porque no Evangelho de João 9.31 está escrito: Deus não ouve a pecadores, mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ele ouve.  .
Para a oração ser ouvida, não basta só pedir, ela requer, primeiramente , arrependimento, conversão, direção do Espírito Santo, porque não sabemos o que havemos de pedir e como convém, mas o Espírito ajuda em nossas fraquezas e intercede por nós até com gemidos inexprimíveis.
No livro do Profeta Isaias Capítulo 59 Versículos 1 e 2, a palavra diz: Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.
Portanto amados, as mãos do Senhor não estão encolhidas para lhe abençoar, e nem os seus ouvidos vedados para não ouvir, mas estando em pecado, as orações não são elevadas diante de Deus, porque as transgressões se constituem em uma barreira para que os ouvidos do Senhor não as ouçam, porque Deus não faz comunhão com o pecado, Ele disse: Sede santo, porque Eu sou Santo.
A primeira carta universal do Apóstolo Pedro 3.12 diz: Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.  
 I João 1.8 a 10 e 2.1 - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.  Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentirosos, e a sua palavra não está em nós.
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.
A palavra do Senhor assegura que todos somos pecadores, e se dissermos que não há pecado em nós, tornamo-nos mentirosos, mas também nos conforta e nos dá a certeza que temos um Advogado que está à destra do Deus Pai, e por nós pecadores intercede, quando há arrependimento de toda má obra que praticamos.
O Senhor nos ensina também, que além do arrependimento para recebermos o perdão dos pecados pelo sangue do Senhor Jesus, necessário é, que saibamos perdoar aqueles que nos tem ofendido, porque se não perdoarmos aos nossos devedores, o Pai, também não nos perdoará (Mateus 6.14, 15), e, se não recebermos a “Graça” do perdão, as nossas petições não chegarão diante do trono de Glória do Deus Pai.
         No texto abaixo, o Senhor Jesus nos ensina como devemos nos dirigir ao Pai, não com hipocrisia, falsidade, nem para sermos vistos pelos homens, mas com humildade, e pureza de coração. 
No Evangelho de Mateus 6.5 a 8, O Senhor Jesus, em sua infinita bondade e sabedoria, instrui que o aposento do espírito é o nosso corpo, sendo a boca a porta de entrada deste aposento, e quando nos dirigirmos a Deus, a porta deverá ser fechada, como também, não devemos usar de vãs repetições, porque o Senhor já conhece todas as nossas necessidades antes mesmo de abrirmos a boca.
O livro de Eclesiastes 5.2, 3, 7 diz: Não te precipites com a tua boca, nem o seu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está no céu e tu está sobre a terra, pelo que sejam poucas as tuas palavras.
Porque, da muita ocupação vem os sonhos, e a voz do tolo da multidão de palavras. Porque, na multidão dos sonhos vaidades, assim também nas muitas palavras, mas tu temes a Deus.
A Oração é uma aproximação do servo ao Senhor Deus que se faz pela fé, e o Senhor nos ouvirá não pelo muito falar, mas à medida da fé, humildade e a pureza de coração, porque a oração é o ápice da comunhão entre o homem e o Deus Altíssimo, por meio de palavras ou do pensamento.
Apesar da fé e confiança que depositamos em Deus Criador, às vezes as nossas orações não são atendidas, porque pedimos coisas que não são da vontade do Senhor, em Tiago 4.3 a palavra do Senhor diz: Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vosso deleite. 
            Precisamos entender que o sangue do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário, não foi para nos atender em coisas desnecessárias e supérfluas, o maior patrimônio, a maior riqueza que podemos alcançar não são as coisas deste mundo, mas a sua paz, a graça e a infinita misericórdia do Senhor Jesus Cristo, e principalmente, a oferta da vida eterna junto ao Pai.
           Para que a nossa oração chegue diante do Trono de Glória Deus, e seja por “Ele” ouvida, é indispensável uma vida em comunhão com Cristo, e a submissão à inteira vontade de Deus, o arrependimento para recebermos o perdão do Senhor Jesus, e, principalmente perdoarmos aqueles a quem nos tem ofendido. 
Devemos sempre que possível, nos colocar de joelho (Efésios 3.14) diante do Senhor.  Agradecer as bênçãos já recebidas, e pedir ao Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo, crendo que as nossas petições serão ouvidas e atendidas, porque Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o homem. 
Em hipótese alguma podemos duvidar do poder de Deus, o que duvida é semelhante às ondas do mar que são levadas pelo vento e lançadas de um lado para outro (Tiago 1.6), porque para Deus nada é impossível. Quem pede ao Senhor duvidando, certamente não será atendido.
Disse o Senhor ao profeta Jeremias (29.12, 13): Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.           

A ORAÇÃO FORTE EXISTE? - Temos ouvido alguns pregadores falar em “oração forte”.  Mas, que oração forte é essa que não faz parte do Evangelho de Cristo? E o que não consta no Evangelho não é bíblico, e não sendo bíblico não poderá ser praticado porque é doutrina de homem, e está fora dos propósitos de Deus. Oração forte é uma linguagem herdada do espiritismo.
No Evangelho de Mateus 21.22, disse Jesus: “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis”.
A Bíblia não menciona oração forte ou oração fraca, mas diz: Tudo o que pedirdes “crendo o recebereis”. Esta é a condição, ter fé suficiente para a sua oração chegar aos ouvidos de Deus. Crer incondicionalmente de todo coração, que as mãos do Senhor estão voltadas para te abençoar, quando pedimos alguma coisa que seja da sua vontade.
Na carta Universal do Apóstolo Tiago 5.15, 16 diz: A oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará, e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
Podemos observar no início deste texto que Deus não ouve a pecadores, portanto, não basta ter compromisso o dízimo, com campanhas, ou com o pastor da sua igreja, se não tiver despojado do velho homem pecador e revestido do novo nascimento de Cristo em seu coração, tudo será em vão.
É indispensável o compromisso com o Senhor Jesus Cristo, pois no seu Evangelho, todos que recebiam curas, e libertações, o Senhor sempre lhes dizia: A tua fé te salvou.   Não há referência alguma de Cristo dizendo: A tua fé te curou. Porque pela fé, vem a “Graça” do Senhor Jesus Cristo e a oferta da salvação para a vida eterna.   Para isso Ele veio, não só para nos aliviar da opressão, mas principalmente, buscar e salvar aquele que estava perdido.


domingo, 4 de setembro de 2011

DEZ TIPOS DE ORAÇÃO


A oração é um grande privilégio do filho de Deus. Ela é, basicamente, a maior prova de fé que existe, pois só o fato de alguém se dirigir a um Deus invisível, já é um bom sinal que confia que está sendo ouvido. Se tal fé não existisse, orar seria uma verdadeira loucura.
É claro que na oração estamos falando com Deus, movidos pelo Espírito Santo e sempre terminando com a chave-mestra do mistério da intercessão – em nome de Jesus. Mas, semelhantes aos filhos terrenos que se dirigem aos seus pais com diferentes abordagens, existe uma diversificação na maneira como falamos com nosso Pai celestial. Com a experiência de muitos anos de vida cristã, vamos ver se conseguimos definir alguns tipos de oração que fazemos:




1. ORAÇÃO ININTERRUPTA – Esta é totalmente sobrenatural. A Bíblia nos concita a orarmos sem cessar. Os eleitos de Deus obedecem este mandamento consciente e subconscientemente. O filho de Deus vive vinte e quatro horas por dia com as antenas espirituais ligadas no céu. Até dormindo, sua mente, alma, coração, espírito, estão em comunicação direta com o Todo-poderoso.



2. ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS – Antes das refeições, ao levantar, ao recolher-se, ao término de uma viagem, ao chegar ao trabalho, ao terminar o dia de labuta, ao receber uma dádiva, ou uma cura, ou ao receber uma bênção, o cristão se dirige ao Pai, agradecendo-lhe.



3. ORAÇÃO DE DEDICAÇÃO – Seja um objeto, seja seu trabalho, seja um projeto, seja sua família, seja seu novo dia, o eleito de Deus o dedica ao Senhor. Vamos supor que ele adquiriu um carro. O filho se ajoelha e humildemente diz: “Senhor, usa este veículo para a tua glória”. Assim também ele procede com tudo o que lhe vem às mãos.



4. ORAÇÃO DE CURA – Muitas vezes alguém nos pede uma oração para ser curado, ou até nós mesmos precisamos de uma cura. É o momento de fazer uma oração diferenciada, utilizando sua santa fé, para rogar a Deus a cura. Nesta e em todas as demais orações, temos que confiar na Palavra que traz gloriosas promessas do “Deus que te sara”.



5. ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO – Esta é uma oração diferente. O filho de Deus se depara com um quadro maligno de operação satânica. Ele tem que chegar diante de Deus, pedir-lhe autoridade e, em seguida, ordena ao espírito imundo abandone a vida a quem está dominando. Esta oração exige discernimento de espíritos, para entender claramente o que está enfrentando.



6. ORAÇÃO DE INTERCESSÃO – Esta é uma oração altruísta. Alguém precisa de algo e solicita de um irmão que o ajude em oração. Às vezes é um grupo de oração que faz isto e os resultados são surpreendentes.



7. ORAÇÃO DE CONFISSAO – Às vezes é necessário chegar diante do Pai e confessar-lhe os pecados cometidos. Depois da confissão, segue-se um pedido de perdão, o que trará um abençoado alívio para o seu coração.



8. ORAÇÃO DE SÚPLICA – Esta já é uma oração mais séria e intensa. O servo do Senhor está precisando, urgentemente, de uma solução de problemas e ele roga ao Senhor que o abençoe, que lhe dê uma resposta urgente.



9. ORAÇÃO DE ADORAÇÃO – Esta é uma oração desprendida, altruísta, muito sagrada. O filho de Deus, consciente de sua condição de adorador e consciente da grandeza, santidade, magnitude, amor, majestade e divindade de Deus, prostra-se aos seus pés não para pedir, ou agradecer, mas somente para adorar, confessar o que pensa de Deus, glorificá-lo, louvá-lo, magníficá-lo, gozá-lo em perfeita comunhão.



10. ORAÇÃO DE CLAMOR – Agora a situação é desesperadora. O cristão buscou várias saídas, várias soluções e só esbarrou em fracasso e derrota. Ele se rende e clã ao Deus dos céus, confessando sua incapacidade e pedindo a Deus uma solução. É a oração do desespero, mas é válida, porque para quem vamos clamar aqui na terra?



O mais importante nisto tudo é sabermos que o Senhor está sempre atento às orações dos seus servos. O escritor de Hebreus nos anima a nos aproximarmos do nosso Pai com plena confiança. Veja o que ele diz:
“Cheguemo-nos, pois, com confiança, ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Hb 4.16.O apóstolo Paulo, em todas as suas epístolas, orienta o povo de Deus a orar e, escrevendo a Timóteo, ele fala de uma só vez de vários tipos de oração:
“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças, por todos os homens. 1 Tm 2,1. Esta palavra “deprecações” significa que às vezes temos que implorar, requerer, pedir com humildade e rogar.

A oração é algo tão importante na vida do povo de Deus que já houve até quem identificasse algumas orações originais encontradas na Bíblia:



1. A oração mais ininteligível – A de Pedro, quando andou sobre as águas e afundou. Glub, glub, glub, foi a sua oração.




2. A oração mais distante – A de Jonas, quando ele orou a Deus, conforme suas palavras “do ventre do inferno”. Jn 2.2.



3. A oração de resposta mais demorada – A de daniel. Ele esperou vinte e um dias pela resposta. Dn 10.13.



4. A oração mais angustiada - A de Ana, pedindo um filho. 1 Sm 1.10.



5. A oração mais horrível - A de Asafe, lamentando-se de sua sorte. Sl 73.



6. A oração mais pungente – A de Davi, confessando seus pecados, querendo voltar à plena comunhão com Deus. Sl 51.



7. A oração mais improvável – A de Paulo e Silas, no cárcere de Filipos. At 16.25.



8. A oração mais misericordiosa – A de Estevão, quando estava sendo apedrejado. “E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu”. Atos 7.60.



9. A oração mais longa – A de Saulo, que durou três dias. At. 9.9,11.



10. A oração mais curta – A dos discipulos, no mar da Galiléia. “E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos”. Mt 8.25.



11. A oração mais atrevida – A de Jó. “Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero! E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo”! Jó 6.8,9.



12. A oração mais amarga – A de Jesus, no Getsemâni, pedindo que o Pai passasse dele aquele cálice. Lc 22.44.



Eu sei que você, tem muito mais a dizer sobre este assunto, porque na universidade da oração jamais estamos completamente formados. Escrevi estas linhas para trazer à sua memória algumas coisas preciosas relacionadas com o assunto.
Encerro este artigo fazendo-lhe um pedido sincero:
Por favor, ore por mim, pela minha família e pela minha igreja. Obrigado. Estarei, também, orando por você.
Paulo de Aragão Lins